Pensou acrílicos, pensou Armacril.
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Uma iniciativa de amigos está ajudando a evitar o contágio do novo coronavírus em equipes que atuam em hospitais de Pernambuco. Idealizado por um engenheiro biomédico e trabalhadores da área de tecnologia, o projeto "Caixinha do Bem" doa caixas de acrílico para ajudar a preservar profissionais de saúde que mantêm contato direto com pacientes com a Covid-19
A caixa é usada no momento em que o profissional de saúde coloca ou tira o tubo do paciente que está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou no bloco cirúrgico. Ela ajuda a conter os aerossóis e gotículas de saliva e secreções que são espalhadas durante os procedimentos. No estado, dezenas de profissionais contraíram a doença.
A ação já encaminhou mais de 40 unidades do equipamento de segurança para unidades do Grande Recife e do interior do estado. Para ampliar a iniciativa, os amigos criaram, em março, uma vaquinha virtual para arrecadar dinheiro. Um dos idealizadores da ação é o engenheiro biomédico William Larré, que trabalha em um hospital e viu, de perto, os impactos do novo coronavírus na instituição.
“Conhecemos o projeto da caixinha, que veio da Ásia. A gente queria produzir protetores faciais, mas já tinha gente fazendo. Aí, chegou até a ideia de fazer as caixas de acrílico”, afirmou o engenheiro biomédico.
Segundo Larré, a ideia de ajudar os profissionais de saúde surgiu com a constatação e que eles estão sobrecarregados. “É uma forma de mostrar um apoio e carinho a eles”.
Médica, a irmã de William, Carolina Larré participou do projeto e ajudou a definir para quais unidades de saúde seriam enviadas as “caixinhas do bem”.
“Priorizamos hospitais de referência e passamos depois para emergências blocos cirúrgicos do Grande Recife. Como aumentamos a meta e conseguimos mais dinheiro, enviamos para hospitais regionais. A gente vai fazer caixas o quanto puder e até tiraremos dinheiro do nosso bolso, se for preciso”, comentou.
Uma das caixinha doadas está sendo usada por uma equipe médica em Salgueiro, no Sertão. O fisioterapeuta respiratório Marcelo Vasconcelos explicou que o equipamento é importante para a proteção.
“Com essa caixa, as gotículas ficam retidas. Isso reduz o risco de contaminação por vias aéreas de quem está fazendo os procedimentos médicos”, afirmou.